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Berta Loran celebra seus 90 anos com livro, festa e muito humor

A renomada atriz Berta festejou nove décadas de vida com autobiografia em evento inesquecível no teatro Oi Casa Grande, no Leblon, no Rio de Janeiro.

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De: Luiz Carlos Lourenço, Fotos de Daniel Marques

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     A polivalente atriz, comediante, dançarina e show woman BERTA LORAN, uma das mais extraordinárias representantes do humorismo brasileiro, comemorou seus 90 anos na noite de ontem com o lançamento de sua autobiografia ‘Berta Loran: 90 anos de humor’, escrita por João Luiz Azevedo, no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, Zona Sul do Rio.

 

Fernanda Montenegro, uma das primeiras a chegar no evento

 

     Mesmo com o forte temporal, que caiu sobre a Zona Sul do Rio apartir das 19h, BERTA LORAN conseguiu reunir no teatro, por mais de cinco horas, numa sessão de autógrafos bastante tumultuada, centenas de amigos, parentes, fãs e admiradores, todos querendo lhe dar um abraço, pedir uma dedicatória em seu livro, posar para fotos ao seu lado e expressar muito carinho para a atriz, que, além de Bibi Ferreira, é a única artista em plena atividade, mesmo tendo já ultrapassado 90 anos. Lúcida, brincalhona e fazendo graça de tudo que a cercava, BERTA LORAN confessou ter encontrado a receita para envelhecer bem: “Procurar estar sempre de bem com a vida”.

 

Berta com o jornalista, que vos fala, Luiz Carlos Lourenço

 

     Na concorrida sessão de autógrafos, onde escreveram belas dedicatórias, a comediante e o autor do livro, João Luiz Azevedo, que é jornalista e produtor cultural, viam-se personalidades de todas as áreas, de Fernanda Montenegro à Ellen de Lima, de Rodrigo Faour à Leiloca Neves e de Marina Miranda a Marco Miranda.

 

Com Leiloca Neves

 

     Entre as centenas de autógrafos, o autor do livro e produtor do projeto de homenagens aos 90 anos de Berta, JOÃO LUIZ AZEVEDO, encaminhou um exemplar ao diretor presidente da LBV, Jornalista José de Paiva Netto, escrevendo a seguinte dedicatória "Ao José de Paiva Netto, o carinho do João Luiz Azevedo". Na mesma página, logo na abertura do livro, a homenageada assim se expressou. "Ao José de Paiva Netto, todo o meu carinho para você. Rio 23-3-2016".

 

Com o ator e escritor Marco Miranda Castro Araujo

 

     Logo após a sessão de autógrafos e um concorrido coquetel de congraçamento, todos os lugares do amplo teatro Oi Casagrande foram ocupados pelos participantes da festa, onde o ator, diretor, apresentador e produtor Fernando Reski deu início a uma série de homenagens, iniciadas com a projeção, num enorme telão, de dezenas de depoimentos de personalidades dissertando sobre o trabalho de BERTA LORAN. Entre estes, destacavam-se vários profissionais de jornais, rádios, TV e cinema, como Fernanda Montenegro, Bibi Ferreira, José Bonifácio de Oliveira (Boni), Maurício Scherman, Arlete Sales, Ary Toledo, Barbara Heliodora, Bemvindo Sequeira, Claudia Raia, Dedé Santana, Rogéria, Elke Maravilha, Fernando Reski, Hilton Abi Rihan, Jane di Castro, Jo Soares, Leda Lucia, Lady Francisco, Leda Nagle, Luis Gustavo, Marco Miranda Castro Araujo, Maurício Menezes, Milton Gonçalves, Moysés Ajhaenblat, Nelson Freitas, Ney Latorraca, Paulo Silvino, Renato Aragão, Rogéria Gomes, Sérgio Fonta, Stela Freitas, Tom Cavalcante, Teresa Rachel e Vilma Nascimento.

 

Com o ator e escritor Gualdino Calixto

 

     Após a exibição dos emocionantes depoimentos, seguiu-se ao show especial de homenagem à atriz, iniciado por sua sobrinha, a atriz e cantora Clarita Paskim, que cantou em inglês e hebraico, emocionando o público. Seguiu-se uma apresentação do ator e cantor Adren Alves, Helcio Hime e as cantoras e atrizes Rogéria e Jane Di Castro, que, por diversas vezes, em suas carreiras, foram dirigidas por Berta Loran.

 

Com a atriz e comediante Leda Lúcia

 

     O show foi encerrado com uma performance inesquecível do comediante Bemvindo Sequeira, que, em meio à recordações de trabalhos que fez junto com a homenageada, levou o público ao delírio com piadas referindo-se à velhice, mas sempre com um refinado humor e sem apelações.

 

Com a maravilhosa cantora Ellen de Lima

 

     Após a apresentação desses artistas, Berta Loran ocupou o palco, pedindo que câmeras fotográficas e máquinas de filmar fossem deixadas de lado, além dos celulares do público, exigindo total concentração para que todos prestassem atenção ao seu poema "Ser atriz", escrito e interpretado por ela em seu show solo "Divirta-se com Berta Loran". Foi aplaudida de pé pelo público por um bom tempo e, apartir daí, dividiu o palco com dezenas de amigos que subiram à cena para cumprimentá-la.


Ainda no Trabalho

     Com a reprise no canal Viva da ‘Escolinha do Professor Raimundo’ e ‘Viva o Gordo’, o público continua relembrando das atuações de Berta nas ruas e ela adora. “Eu andava esquecida. As pessoas já não sabiam mais quem eu era. Agora, não posso mais sair na rua que as pessoas me reconhecem. Dizem logo: ‘Olha lá a portuguesa’”, exagera, em referência à ‘Escolinha’, onde trabalhou por mais de dez anos interpretando a lusitana Manoela D’Além-Mar.

 

Casa lotada

 

     Berta é a única atriz, ao lado de Bibi Ferreira, 93, a estar em atividade com mais de 90 anos. Mas ela não se conforma em estar fora de uma produção. “Sou aposentada pela TV Globo, mas quero voltar a fazer algum trabalho logo. Não me chamam para nada. Estou louca para voltar a trabalhar”, diz Berta, que participou de todos os programas de humor da Globo, desde 1966, e pretende fazer uma novela até o fim deste ano. “Quero viver um personagem cômico”, planeja.

 

 

     A atriz BERTA LORAN é apresentado no livro na forma de uma grande entrevista - perguntas e respostas - da atriz Berta Loran ao produtor João Luiz Azevedo, contando, de forma coloquial, um pouco da vida, carreira e cotidiano de sua carreira. Fala de sua infância pobre no gueto de Varsóvia e a vinda para o Rio de Janeiro com seus pais, irmãos e tios, seus casamentos, seus colegas de profissão, religião, política, teatro, TV, música, cinema, casos pitorescos. Na obra, conta de sua saída da Polônia, ainda  menina, até a chegada ao Brasil, em 1937, instalando-se na cidade do Rio de Janeiro, onde iniciou sua grandiosa carreira artística, passando pelas principais emissoras de TV até chegar à Rede Globo, onde participou dos melhores programas humorísticos da emissora – de “Bairro Feliz” (1966) a “Zorra Total” (2004) – além de ser destaque em telenovelas, seriados e minisséries alegrando seu fiel público durante mais de 50 anos.

 

 

     No livro, Berta fala da família, dos maus-tratos sofridos na Polônia por sua condição de judia, narra sobre os que vieram ao Brasil e dos que ficaram e morreram na 2ª Guerra Mundial. Igualmente se refere à escola pública onde estudou, ao início da vida no Teatro Judaico (Teatro Idiche) no Rio de Janeiro, passando por suas temporadas de sucesso em Buenos Aires, em revistas na praça Tiradentes e, por seis anos, em Portugal, ao lado dos grandes nomes do teatro lusitano, da época.

 

 

     A obra de João Luiz Azevedo é de uma sensibilidade e veracidade que cativam o leitor emocionando, fazendo rir, chorar, pensar e repensar a vida, ante a tantas coisa de valor duvidoso deste grande Brasil. Berta é um exemplo de luta, dedicação e coragem para se enfrentar os desafios que a vida de artista impõe. É uma mestra em driblar os problemas do dia a dia com seu empenho e bom humor, receita para um viver mais consciente  e emocionante, nos embriagando, neste livro, com sua história pessoal e algumas revelações dos bastidores do meio artístico brasileiro.

 

 

     O prefacio do livro foi escrito pelo diretor de musicais Claudio Botelho, a apresentação (orelha do livro) é assinado pela “diva” Bibi Ferreira e conta ainda com cartum exclusivo do Ique Woitschach e depoimentos de mais de 100 colegas da classe artística, jornalistas e familiares, entre eles Jô Soares, Ari Fontoura, Ney Latorraca, Fernanda Torres, Fernanda Montenegro, Claudia Raia, Charles Moeller, Cininha De Paula, Renato Aragão, Marcius Melhem, Tom Cavalcante, Luis Gustavo, Claudia Jimenez, Arlete Salles, Rodrigo Sant’Anna,  Débora Bloch, Edson Celulari, Osmar Prado, David Pinheiro, Castrinho, Heloísa Périssé, Tereza Rachel, Dedé Santana, Nélson Freitas, Ari Toledo, Rodrigo Fagundes, Orlando Drummond, Antonio Pedro, Emiliano Queiroz, Elke Maravilha, Paulo Silvino, Eliezer Mota, Bemvindo Sequeira, Rogéria, Jane Di Castro, Nizo Neto, Katiuscia Canoro, Murilo Benicio, Claudia Mauro, Gracindo Jr, Cauã Reymond, Solange Couto, Marcos Oliveira, Teresinha Elisa, as jornalistas Leda Nagle e Lucia Leme, as autoras de telenovelas Duca Rachid & Thelma Guedes, os bailarinos portugueses Carlos Mendonça e Florbela Queiroz, que trabalharam com a Berta, de 1957 a 1963, em Portugal, e o ator português e fã Miguel Luis e até a crítica teatral Barbara Heliodora, concedido pouco antes de sua morte. Berta justifica no livro o que sempre disse em suas entrevistas e shows: “A história da minha família é muito engraçada!”.

 

 

     Vale lembrar que, apesar da idade, BERTA LORAN encontra-se sempre trabalhando. No final do ano passado/ 2015, a atriz participou do quadro – “O Grande Plano” - no Programa “Fantástico” da Rede Globo, ao lado da Elke Maravilha e a ex-porta bandeira da Portela, Vilma Nascimento. BERTA LORAN teve destaque nas novelas “Cordel Encantado” (2011) e “Cama de Gato” (2009) de Duca Rachid e Thelma Guedes, e “Amor Com Amor Se Paga”, onde interpretou a inesquecível “Frosina” ao lado do “Sr Nono” vivido pelo Ari Fontoura.

 

 

     Participou também dos principais programas de humor: “Zorra Total” (onde interpretou a portuguesa “Maria” ao lado do Agildo Ribeiro), “Escolinha do Professor Raimundo” (onde interpretou a portuguesa “Manuela D’Além Mar” e a judia “Sara Rebeca”), “Viva o Gordo” (ao lado de Jô Soares, Agildo Ribeiro e grande elenco), “Satiricon”, (ao lado de Agildo Ribeiro, Paulo Silvino, Jô Soares, Renato Corte Real, Luiz Carlos Miele), “O Planeta dos Homens” onde interpretou a personagem “Aurélia”, “Faça Humor, Não Faça Guerra” e “Balança Mas Não Cai”. No cinema, participou dos filmes “Até que a Sorte nos Separe 2” (2013), ao lado de Leandro Hassum e Jerry Lewis, “A Guerra dos Rocha” (2008) com a direção do Jorge Fernando, “Polaróides Urbanas” (2006), direção do Miguel Falabella, dentre muitos outros.

 

 

     No teatro, ela participou de grandes comédias do passado, como “O Peru” (1963) de George Feydeau, “Boeing Boeing” (1964) direção de Adolfo Celi,  “Como Vencer na Vida Sem Fazer Força”(1965) com direção de Augusto César Vannucci, “Cinderela do Petróleo” (1966) de João Bethencourt, “Alegro Desbum” (1973) de Oduvaldo Viana Filho, “Camas Redondas e Casais Quadrados” (1974), com tradução de João Bithencourt e direção de José Renato, “Três Solteironas Balançando o Rambo” (1991) de Zilda Cardoso, “As Tias de Mauro Rasi” (1996), o infantil “Os Dálmatas – O Musical” (1997) onde interpretava o personagem da malvada “Cruela Cruel”, que fora interpretada nos cinemas por “Glenn Close”, “Até Que as Sogras nos Separem”,  “Quem Vai Ficar com a Velha?” e “Pais Criados, Trabalhos Dobrados”, de Moacyr Veiga, além de seus 2 show solos “Divirta-se Com Berta Loran” (1980 e 1994) e “Ainda Estou Aqui!” (2002).

 

 

     Berta lembra com saudade dos tempos da ‘Escolinha’, em que contracenava, entre outros, com Zezé Macedo e Chico Anysio. Polonesa, ela veio para o Brasil com a família, aos 10 anos, fugida da guerra. Aqui, começou a trabalhar como atriz em companhias de teatro judaico. Foi nesse ambiente que ela conheceu o primeiro marido, Suchar Handuff. Quando se casaram, ela tinha 20 e ele, 51.

 

 

     Foram juntos para Buenos Aires e viveram cerca de dez anos juntos. Até que ela resolveu ir para Portugal. “Montamos uma companhia e rodamos o mundo. Eu aparecia de biquíni. E olha que era um sucesso. Sempre tive o corpo bem feito, fruto de muitas aulas de balé”, conta Berta Loran, que morou em Portugal por seis anos.

 

 

     Ainda em comemoração aos 90 anos da atriz, a Globo News prepara um ‘Arquivo N’ especial sobre Berta, com previsão de ser exibido no próximo dia 30.


Homenagens em Niterói

     A Sala Carlos Couto, anexa ao Teatro Municipal de Niterói, abre suas portas para a exposição "Berta Loran - 90 anos de humor", que conta com registros, fotografias do acervo pessoal da atriz, além de recordações dos diversos trabalhos realizados por ela no cinema, teatro e TV e, ainda, um documentário com depoimentos feitos por grandes artistas e colegas em sua homenagem.

 

 

     A mostra pode ser visitada de 29 de março a 29 de maio. A abertura, que contará com a presença da atriz, acontece na terça-feira, 29 de março, às 18h. A entrada é franca.

 

 

     Também na abertura, João Luiz Azevedo, curador da exposição, irá autografar o livro que conta a vida de Berta desde sua chegada no Brasil, o ingresso na carreira, as dificuldades, os principais trabalhos e prêmios, as grandes parcerias e curiosidades, além de conter a reprodução de depoimentos de grandes personalidades da cultura brasileira. Dentre as quais podemos mencionar Ingrid Guimarães, Barbara Heliodora, Lucia Leme, Miguel Falabella, Jô Soares, Roberto Carlos, Boni, dentre outros.

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