A busca da felicidade é um dos temas centrais do Budismo, cuja filosofia encoraja a humanidade a praticar a compaixão, a gentileza e o respeito a todos os seres. Neste ano, em que todos os brasileiros sentem a felicidade de sediar a Copa da Mundo, o Festival do Japão vai estimular uma reflexão sobre a origem da felicidade, esse sentimento único e verdadeiro do ser humano. No Relatório Mundial de Felicidade, pesquisa promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), a Dinamarca mantém a liderança no ranking de 156 países. Neste relatório, os economistas, psicólogos e estatísticos da ONU levam em consideração itens como generosidade, expectativa de vida saudável, PIB per capita, liberdade para fazer escolhas na vida pessoal, apoio social e percepção da corrupção.
O Japão ocupa posições de destaque nos rankings econômicos da Organização das Nações Unidas. O povo japonês é próspero, altamente capacitado, trabalhador, saudável e vive em um país pacífico, que conta com excelente infraestrutura. Mas será que o sucesso econômico e a sociedade organizada garantem a felicidade de uma população?
Susan e a cantora Karen Ito
Pelos estudos da ONU, o povo brasileiro é mais feliz, ou pelo menos se sente melhor sobre os rumos da sua vida, do que o povo japonês. Segundo o levantamento, o Brasil, com todos seus problemas econômicos e sociais, ocupa atualmente a 24º posição do ranking do Relatório Mundial da Felicidade. O Japão ocupa a 43ª posição. Por mais subjetivo e difícil de definir, a felicidade é um valor essencial para a existência do ser humano. Em sua 17ª edição, o Festival do Japão trará um painel de como os japoneses enxergam a felicidade em seu país, e como a busca da felicidade é considerada importante para os brasileiros. A nossa inspiração virá dos sentimentos observados em nosso próprio evento. A felicidade dos patrocinadores, apoiadores e empresas, que garantem a realização do Festival. A felicidade dos voluntários e das associações de províncias do Japão, que oferecem o melhor de suas tradições culturais. A felicidade dos nossos visitantes, quando se encantam com as atividades culturais e a beleza da cultura japonesa, que é o diferencial do Festival do Japão.
Foto: Reprodução
Tanabata Matsuri- Festa das Estrelas
O festival de Tanabata tem origem numa lenda japonesa. Orihime era a filha de um poderoso deus do reino celestial. Certo dia, estando diante de seu tear, viu passar um rapaz conduzindo um boi, e por ele se apaixonou. O pai consentiu o casamento dos dois jovens. Porém, casados e totalmente dominados pela paixão, ambos descuidaram-se de seus afazeres normais. Foi então que, o pai indignado, ordenou que eles vivessem separados, um de cada lado da Via Láctea.
Foto Reprodução
Ele permitiria que, entretanto, o casal se reencontrasse apenas uma vez por ano, no sétimo dia do sétimo mês, se cumprisse à ordem do pai, que era atender os pedidos vindos da Terra. Segundo a mitologia japonesa, Orihime é representada pela estrela Vega, e o rapaz, a estrela Altair, do lado oposto da galáxia, que realmente só se encontram uma vez por ano. O festival teve início há mais de 1.150 anos, na Corte Imperial, e a data tornou-se feriado nacional em 1603.
Susan e Leila Yamafuku
No Brasil, o Festival das Estrelas / Tanabata Matsuri é realizado desde 1979 pela ACAL – Associação Cultural e Assistencial da Liberdade e pela Associação da Província de Miyagi, na praça da Liberdade, em São Paulo, sempre no mês de julho. No Japão, o festival de Tanabata é realizado em várias cidades, mas o de Miyagui é o mais tradicional. Lá se realiza em agosto, para aproveitar as férias de verão das escolas.
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No Tanabata, as ruas do bairro e a praça da Liberdade são decoradas com grandes ramos de bambu que recebem a ornamentação de enfeites coloridos de papel que simbolizam as estrelas. Nesses bambus são pendurados os tanzaku, pequenos pedaços também coloridos de papel onde as pessoas colocam seus pedidos.