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"Bate-Papo Com" Vera Fisher arrasa

João Luiz Azevedo arrasa num bate papo com a eterna Musa Vera Fisher.

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Fotos: Divulgação

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     É, gente, não poderíamos começar melhor o novo ano.
     A minha 1ª Convidada para o 1º Bate-Papo do ano é a talentosíssima Vera Fisher que estreia hoje, dia 07 de janeiro/2016, seu novo espetáculo 'Relações Aparentes’, de Alan Ayckbourn, com direção de Ary Coslov e Edson Fieschi, ao lado dos atores Tato Gabus Mendes, Michel Blois e Anna Sophia Folch, no Teatro Leblon/Sala Fernanda Montenegro, de 5ª. a Domingo.
     Vamos à entrevista? Acho que vocês vão gostar...

João Luiz Azevedo: Como você chegou à produção do espetáculo “Relações Aparentes”? Quem te convidou? Como chegaram ao seu nome para o personagem?
Vera Fisher: Fui convidada pelos produtores da peça, Luciano Borges e Edson Fieschi. O Luciano acha que o meu tipo físico é parecido com o da atriz que fez a montagem inglesa.

JLA: Quanto tempo de ensaios para a estreia em SP?
VF: Ensaiamos cerca de dois meses. Tivemos tempo para criar. Este espetáculo precisou ser muito ensaiado, porque não há espaço para improvisações e gags. O texto deve estar na ponta da língua dos atores.

JLA: Como foi a escolha do elenco e como é a convivência com eles?
VF: A escolha do elenco foi feita pelo diretores do espetáculo Ary Coslov e Edson Fieschi - que também é produtor. A convivência com os outros atores é a melhor possível. Trabalhar com Tato está sendo ótimo! Já havíamos trabalhado em 'Perigosas Peruas', na TV. Ele é um ator preciso, com um humor bem à moda inglesa e isso é muito bom. Anna Sophia e Michel completam o elenco com muita graça e carisma.

JLA: Fale um pouco sobre a história do espetáculo e seu personagem.
VF: Acho que 'Relações Aparentes' é o que se pode chamar de uma comédia perfeita. Tem todos os ingredientes necessários: além do humor, uma fina ironia, sarcasmo, muita inteligência e uma trama de tirar o fôlego. Ayckbourn tem o grande mérito de transitar nas relações interpessoais, com profunda reflexão do tema, no caso, as relações de casamento e tudo que nele está contido: amor, traição, fidelidade, resignação e toda a sorte de emoções que brotam do casamento. A peça leva o espectador a uma reflexão calcada no humor. A minha personagem, Sheila, é uma mulher, apesar da história se passar em 1965, que se pode perfeitamente encontrar nos dias de hoje. Uma mulher que luta pelo seu casamento, quer ser vista, quer ser notada pelo marido e que, como mulher, também é capaz de tecer uma teia de aparências para atingir seus objetivos.


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JLA: Por que tanto tempo, quase 9 anos, fora dos palcos?
VF: Nesse período fiz muitas outras coisas. Fiz novelas, séries, pintei quadros, escrevi livros... Nos últimos anos tenho recebido alguns convites para voltar à cena. Mas nenhuma personagem mexeu comigo o suficiente ao ponto de ter vontade de vivê-la no palco.

JLA: O que te motivou a aceitar o convite para esta montagem?
VF: Quando li o texto, vi que era uma obra-prima da dramaturgia mundial. Topei sem pensar.

JLA: Mesmo com toda experiência, você ainda sente frio na barriga antes de entrar em cena?
VF: Sempre dá um friozinho na barriga, mas acho que é como andar de bicicleta, a gente nunca esquece.

JLA: Ansiosa em estrear no RJ, depois de temporada de sucesso em SP e em várias cidades pelo Brasil?
VF: O público carioca sempre foi muito generoso comigo. A plateia me acostumou mal porque as minhas peças sempre tiveram belas carreiras! 'Relações Aparentes' tem sido um sucesso por onde passa. Nós viajamos para Angola, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte... e só temos recebido carinho e aplausos.

JLA: Você é uma grande estrela do Teatro, Cinema e TV. O público sai de casa pra te ver. Qual a importância disso em seu dia a dia?
VF: Tenho um respeito muito grande pelo público. Sempre apresentei a ele trabalhos de qualidade. Fui conquistando o meu público ao longo dos anos. Sou uma pessoa pública desde 1969, quando me tornei Miss Brasil, o concurso mais importante da época. O meu público é eclético: crianças me param nas ruas, assim como seus pais e avós. Sou muito grata ao público que, há mais de quarenta anos, acompanha os meus trabalhos. Esta é a profissão que escolhi.

JLA: Por falar em seu dia a dia... como é? Vê televisão? Vai ao teatro? Vai ao cinema? Lê livros? Ou prefere ficar em casa? Conta um pouco pra gente, o que faz a Vera Fischer hoje, em seus momentos/dias de folga?
VF: Sou muito simples. Faço ginástica, pelo menos duas vezes por semana. Gosto muito de viajar. Quando não viajo, fico em casa ou vou para o meu sítio em Ilha de Guaratiba. Vou ao teatro prestigiar meus colegas. Ao cinema, vou menos. Prefiro assistir aos filmes em casa. Livros eu adoro! Gosto de ler e também de escrever. Tenho quatro livros publicados.

JLA: Depois de tanto sucesso, na TV, Cinema e Teatro, você se considera uma mulher realizada?
VF: Me sinto realizada, sim. Poucas atrizes no Brasil conseguiram construir uma carreira como eu consegui. Mas ainda tenho sonhos.

JLA: Algum personagem que ainda gostaria de interpretar?  Qual?
VF: Há muitas personagens que não pude interpretar porque eu não tinha a idade delas. Alguns personagens já tenho a idade para vivê-las. Outras, terei daqui a 10, 20 anos. Mas já tenho outros projetos em vista e todos saberão deles na hora certa.

JLA: Vamos falar de política...  O que você pensa a respeito do nosso momento político?
VF: Acho que o momento político não podia ser pior. É um absurdo vermos o dinheiro, que pagamos de imposto, indo parar nas mãos de corruptos! Em tempos de crise econômica, a primeira verba a ser cortada pelo Governo é a da cultura.

JLA: Você acha que o momento político do Brasil prejudica a ida do público ao teatro?
VF: Quando se vive uma crise, a classe média, talvez, não tenha condições de assistir a um espetáculo por semana. Talvez, só consiga ir a uma peça uma ou duas vezes por mês. Mas, como diz a música 'Comida': "A gente não quer só comida, a gente quer comida, diversão e arte".

JLA: O preço dos ingressos está caro ou barato para o público em geral?
VF: Acho barato. Você vai à Broadway e paga muito mais caro para assistir ao mesmo espetáculo que vê aqui no Brasil. A Gal Costa fez um show no Miranda em que o preço do ingresso era 800 reais. Há ingressos para o UFC que chegam a custar 12 mil reais e quem gosta de luta, paga!

JLA: Você tem ido ao teatro assistir os colegas? O que você gostou e não gostou na última temporada?
VF: Não pude ver muitas peças, porque eu estava em turnê pelo País com o meu espetáculo. Mas fui assistir à Marília Gabriela em 'Vanya e Sonia e Masha e Spike'. Também assisti ao musical 'Ou Tudo Ou Nada', com o Mouhamed Harfouch. São espetáculos de alto nível.

JLA: Você foi a produtora de seus últimos espetáculos teatrais... pensa em voltar a produzir? Por quê? Algum texto em especial?
VF: Nesta peça, eu me tornei coprodutora. Sempre gosto de produzir os meus espetáculos, porque posso escolher o texto, com quem vou trabalhar... Tenho um cuidado muito grande nas escolhas dos meus trabalhos.

JLA: Você foi considerada uma das mulheres mais bonitas e desejadas do pais... como foi lidar com o assédio e propostas durante tantos anos?
VF: O assédio faz parte da minha profissão. Sempre agi com naturalidade. Se eu recebia uma proposta indecente, dizia não! Simples assim. A gente só faz aquilo que quer.

JLA: Mesmo, agora, aos 63 anos você continua linda. O assédio continua grande?
VF: O assédio continua. Ainda mais pelo fato de eu estar solteira. Acho que, se tiver que acontecer um namoro na minha vida, vai ser naturalmente, sem que eu tenha que dizer que ‘sim’ ou ‘não’. Não dá pra explicar essas coisas.

JLA: Lembro de ter lido em algum lugar que você esteve no teatro com seu filho e fez questão de informar que aquele rapaz ao seu lado era (somente) o seu filho. Algum problema em aparecer em público com alguém tão mais jovem que você?
VF: Já me relacionei com homens mais jovens e mais velhos. Nunca tive problemas com idade! Mesmo porque não me sinto com a idade cronológica que tenho.

JLA: A Veja SP publicou em suas páginas “10 Motivos para ver Vera Fischer no Teatro”.  Qual deles você considera o mais importante?
VF: Fico feliz que a 'Veja São Paulo' tenha gostado da peça. O motivo que considero mais importante para me ver no teatro é "O dramaturgo inglês Alan Ayckbourn", autor de “Relações Aparentes”, é um dos maiores nomes do teatro contemporâneo.

 

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JLA: Planos para o futuro? Algum filme ou novela para 2016?
VF: Ano passado (2015) renovei meu contrato com a TV Globo e já há projetos em andamento. A convite do Marcius Melhem, vou fazer uma participação especial no programa 'Tá No Ar'. No cinema, fui convidada pela produtora Total Entertainment para atuar no filme 'Apaixonados', que estreia em Março, mas como as filmagens eram na mesma época do ensaio da peça, não pude aceitar. Sei que outros bons papéis vão surgir no cinema e na TV.

JLA: Convença os leitores pra assistirem ao seu espetáculo?
VF: Há espetáculos que o público gosta muito, mas a crítica não gosta. Ou vice-versa. 'Relações Aparentes' tem recebido elogios da crítica e do público, o que tem deixado toda equipe que trabalha na peça muito feliz! Quem vier nos ver, certamente sairá do teatro melhor do que entrou.

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