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Maria Bethânia abraça seu público em bela exposição no Paço Imperial no Rio de Janeiro

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De Luiz Carlos Lourenço, Fotos de Daniel Marques

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Centenas de pessoas, incluindo convidados especiais da artista, reuniram-se ontem à noite no Paço Imperial, na Praça Quinze, ocupando todas as salas do primeiro andar daquele centro cultural, na abertura da exposição formada por obras inspiradas na cantora e com fotos de MARIA BETHÂNIA clicadas ao longo de 50 anos / A mostra fica aberta até o dia 13 de setembro. 

 

Regina Casé posa para fotos com Bethânia

 

“O intuito não era o elogio à artista, mas as inspirações que brotam a partir de seu trabalho. Espontaneamente foram se juntando obras, ideias, artistas e admiradores, e a exposição foi sendo concebida a partir desses estímulos”, contou a diretora da exposição, Bia Lessa, uma das mais entusiasmadas com o sucesso da abertura da mostra.

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A mostra é formada por 980 fotos, 302 obras e 120 objetos de 160 artistas e fotógrafos, espalhados pelas 12 salas do Paço Imperial — todas sobre Maria Bethânia. E, para garantir que a exposição tenha um diálogo com a cidade, nas sacadas e nos centenários calçadões que circundam o Paço Imperial  estão expostas frases de poetas que influenciaram o trabalho da cantora.

 O material  ocupa quase todo o espaço do Paço Imperial, no Centro do Rio, até 13 de setembro, com entrada gratuita, e uma programação paralela que inclui filmes e saraus, sempre aos domingos, às 16 h, com apresentações de nomes como Egberto Gismonti, Moreno Veloso, Pedro Sá e Jorge Mautner.

 

Zélia Duncan, foi uma das primeiras a chegar

 

 Intitulada “Maria de todos nós”, a exibição é uma surpresa, conduzida discretamente há cerca de dois anos por Bia Lessa, que assina a direção, e Ana Basbaum, amiga e produtora executiva de Bethânia há anos, que idealizou tudo. Guardada a sete  chaves, a cantora só viu a mostra ontem  à noite.

 Bastante tensa e nervosa com a movimentação de um batalhão de fotógrafos, repórteres e cinegrafistas em torno dela, Bethânia contou a este repórter que recebia a mostra como um grande presentes dos Deuses:

 

 

 

 _ Fiquei emocionadíssima, é uma linda homenagem que recebo, mas acredito que acima de tudo a exposição é uma honraria para a música brasileira e para a minha querida terra natal, a Bahia. Fiquei emocionado quando vi a reprodução do meu próprio camarim, logo na entrada", contou Maria Bethânia

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 O camarim representa uma das instalações mais impactantes e é ela que abre a mostra: uma estrutura portátil de ferro e cortinas que Maria Bethânia carrega em todos os shows, jamais vista pelo público. — É o camarim que ela usa, há anos. Foi reproduzido de uma maneira exatamente igual: o espelho no mesmo lugar, o frasco de Rinosoro na mesinha, as flores, o banquinho onde a irmã, Nicinha (que morreu em 2011) sempre ficava sentada. Ao lado, um vídeo com imagens de Bethânia rezando dentro do camarim. É muito emocionante, o ponto de partida da exposição.

 

 

 NOMES DE DESTAQUE

 

Entre as dezenas de artistas, jornalistas, poetas, fotógrafos, historiadores e outros notáveis que compareceram ao coquetel de inauguração da exposição, ontem à noite, destacavam-se o musicólogo, jornalista, pesquisador, diretor e apresentador Ricardo Cravo Albin, a cantora Zélia Duncan, a atriz e apresentadora Regina Casé, o escritor e jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, a atriz Analu Prestes, os renomados fotógrafos Theresa Eugênia e Marco Rodrigues, as cantoras e atrizes Sandra Pêra e Dhu Moraes(que integram o grupo das Frenéticas) a professora Vânia Correa, do Projeto Brasileirinho, junto com sua assistente, a professora Célia lima, e o poeta e compositor Jorge Salomão, irmão do falecido Wally Salomão, de quem Bethânia gravou inúmeras canções.

 

Squel Jorge, Nabil Destaque e Raphael Rodrigues

 

 Também estavam presentes nomes ilustres da escola Estação Primeira de Mangueira, que, no carnaval de 2016 cantará “Maria Bethânia: A Menina dos Olhos de Oyá” o título oficial do enredo que a escola levará para a Avenida em homenagem a cantora baiana. Além do presidente da escola, Chiquinho da Mangueira, lá estavam o carnavalesco Leandro Vieira, sua mulher, Squel Jorge, que é neta do compositor Xangô da Mangueira e primeira porta-bandeira, Raphael Rodrigues, mestre sala, e  o principal destaque de luxo da verde e rosa, Nabil Habib, o Nabil Destaque.

 

 

 O enredo contará a história de Bethânia por meio de sua religiosidade(com dois carros destacando este enfoque) e a sua relação com a poesia, com o teatro e também para falar sobre a Bahia, especialmente a região do Recôncavo baiano – a cantora, irmã de Caetano Veloso, nasceu em Santo Antônio da Purificação.

 

 

 Maria Bethânia também recebeu no coquetel de abertura a equipe da Legião da Boa Vontade para fotos e uma entrevista, formada pelos jornalistas Luiz Carlos Lourenço, Lícia Curvello, Prinscilla Antunes e Waldomiro Manoel(cinegrafista), lembrando, na oportunidade, que sua falecida mãe, Dona Canô, tinha uma especial amizade com o diretor presidente da Legião da Boa Vontade, jornalista José de Paiva Netto. "Ela adorava o Paiva e mantinha uma foto dela com ele em seu quarto, em Santo Amaro", lembrou Bethânia.

 

O carnavalesco Leandro Vieira com Nabil Destaque

 

 Com direção geral e expografia de Bia Lessa, a homenagem aos 50 anos de carreira de Bethânia tem patrocínio da Natura, sem uso de lei de incentivo, e abre a programação em comemoração aos 10 anos do Natura Musical, programa de valorização da música brasileira criado pela empresa de cosméticos em 2005. 

 A inauguração da mostra contou com inúmeras participações musicais, como dançarinos de quadrilhas de São João do Meriti, cantigas de roda, recepcionistas vestidas de baiana distribuindo quitutes baianos e até um ator caracterizado com uma máscara homenageando Fernando Pessoa.

 

 

A mostra – batizada com o título de um poema de Mabel Veloso, inspirado em sua irmã – nasceu como um movimento voluntário de amigos e fãs famosos ou anônimos de Bethânia, reunidos pela produtora Ana Basbaum, que estão contribuindo com obras inspiradas no universo da artista.

 

“O intuito não era o elogio à artista, mas os ecos e as inspirações que brotam a partir de seu trabalho. Espontaneamente foram se juntando obras, ideias, artistas e admiradores e a exposição foi sendo concebida a partir desses estímulo", conta Bia Lessa.

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Dhu Moraes, Luiz Carlos Lourenço e Sandra Pera

 

Os artistas que participam com obras na exposição são: Adenor Gondim, Alexandre Dacosta, Alexandre Sá, Ana Basbaum, Analu Prestes, André da Marinheira, André Rocha, Anna Carolina Albernaz, Armando Barbosa, Aroeira, Batman Zavareze, Barbara Almeida, Beto Felício, Bruno Big, Bruno Veiga, Cafi, Calasans Neto, Camila Alcantara, Carlos Bracher, Chica Granchi, Chico Cunha, Chicô Gouvêa, Chiquta, Dani Roland, Demétrius, Diana Dasha, Daniel Bordini, Daniela Mattos, Dinorah Oliveira, Edson Luiz Antunes, Elayne Fonseca, Elisa Bracher, Elson, Erica Almeida, Éric Dini Nielsen, Erivaldo, Everaldo, Fábio, Fani Bracher, Flávio Colker, Flávio Império, Fauzi Arapi, Getúlio Damado, Gilberto Miranda Maia, Giulia Drummond, Glauber Vianna, Gringo Cardia, Hélio Eichbauer, Henri Lentino, Hugo França, Irmãos Campana, Ivor Jael, Jean dos Anjos, Joe Alcântara, José Alcântara, Júlia Basbaum, Júlio Diniz, Karina Zambrana, Lan, Lenise Pinheiro, Leo Tomassini, Louco Filho, Lucas Medeiros, Luiz Áquila, Luiz Stein, Luiza Marcier, Lourdes Abraços, Malu Fatorelli, Maria Bethânia, Maria Borba, Mana Bernardes, Maria Bonomi, Maria Luisa Mendonça, Maria Pace Chiavari, Maria Sampaio, Marcelo Ferraz, Maria Borba, Mario Ferrante, Marisa Alvarez Lima, Matizes Dumont (Grupo composto de Antônia, Ângela, Martha, Marilu, Sávia e Demóstenes), Maureen Bisilliat, Maurício de Sousa, Mirabeau Sampaio, Menote Cordeiro, Miguel Paiva, Monica Barki, Moreno Veloso, Nair de Carvalho, Nina Basbaum, Oziel, Paulinho Moska, Paulo Lindo, Paulo Lopes, Pedro Sá, Paolo Rizzato, Paula Huven, Raniel Tori, Resêndio José da Silva, Renato Forin Junior, Ricardo Basbaum, Ricardo Filgueiras, Roberta Sudbrack, Roberto Tavares, Rodrigo Velloso, Ronaldo Macedo, Rute Casoy, Samanta Alves, Samy Ferreira Chagas, Sergio Batista de Carvalho, Suzana Queiroga, Tatti Moreno, Thereza Eugênia, Thereza Miranda, Thomaz Azulay, Valentina Muabsab, Valéria Costa Pinto, Vera Bernardes, Victória Vieira, Verônica Lapa, Vicente de Mello, Ziraldo e Zé Andrade.

 

O fotógrafo Marcos Rodrigues, Jorge Salomão e Luiz Carlos Lourenço

 

 Ali expostos 980 fotografias, 302 obras e 120 objetos de 160 artistas e fotógrafos, espalhados pelas doze salas, no coração do Rio de Janeiro, a Praça XV, onde milhares de pessoas circulam todos os dias. E, para que a exposição tenha um diálogo com a cidade e seus transeuntes cotidianos, nas sacadas e ao redor do prédio ficará uma instalação com tecidos com frases de poetas que foram importantes na formação de Maria Bethânia. Fragmentos de Fernando Pessoa, Clarisse Lispector, Patativa do Assaré, Padre Antônio Vieira, Sophia de Mello Brahner, etc. 

 

Com Leandro Vieira, carnavalesco da Mangueira. (Foto: Divulgação)

 

Pílulas literárias para todos – uma forma de se comemorar também o aniversário da cidade e retratar uma das paixões da artista, a literatura. 

 

Bia Lessa estava feliz com o resultado da exposição

 

A exposição tem seu início na praça e convida o visitante a entrar no Paço Imperial. Elementos da natureza – um dos pontos cruciais e chaves do trabalho de Maria Bethânia pela sua profunda relação com a natureza, base de suas inspirações e seus desassossegos – predominam em todos os espaços, invadindo-os com seus elementos vivos, com sua dinâmica própria, com seus tempos diversos, mundo mineral, vegetal e animal. Essa natureza foi traduzida em fardos, madeira, água, terra, ferro, pedra e, por fim, o mato, através de fardos de feno utilizados na construção das paredes cenográficas e nas bases que darão suporte às obras – ao todo 1.100 fardos. Para este resultado estão sendo usados também 22.0000 sacos com água, 500 sacos de terra, 636 paralelepípedos e 98 sacos de 1.000 litros de serragem.

 

 

A primeira obra a ser observada é de Elisa Bracher, obra símbolo da exposição, sem título - um enorme barco, com duas toneladas, que busca seu equilíbrio tênue para permanecer barco, obra símbolo da exposição.

A mostra ocupa todo o primeiro andar do Paço Imperial, inclusive as áreas de acesso e corredores de serviço, criando um espaço circular – onde o visitante escolhe o seu percurso.

 

“Queremos que a exposição não tenha princípio e fim, que a trajetória remeta necessariamente o visitante a um círculo infinito. Não há passado, presente e futuro, não há começo, meio e fim; há uma trajetória criada a partir do desejo de cada visitante”, explica Bia.

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Ao todo as doze salas serão ocupadas por: trabalhos inéditos de Maria Bethânia (entalhes em madeiras, alguns cadernos de trabalho, base de suas criações, o camarim de palco utilizado em todas as suas apresentações); imagens públicas, enviadas por fotógrafos e fãs, e pessoais da cantora (impressas em tecido e expostas num corredor inspirado no da casa de Dona Canô e Seu Zezinho, mãe e pai da artista, que era o caminho para as comemorações no quintal da casa em Santo Amaro); obras num altar de feno, retratando um Brasil onde o sincretismo religioso impera; cenografias com obras do acervo do Museu do Inconsciente e do Instituto Pinel; cerâmicas e esculturas; obras de artistas plásticos, bordadeiras e estilistas que remetem aos artesões do interior; objetos, joias, móveis, e perfumes; arte popular; uma instalação audiovisual oferecida pela Natura e obras que utilizam a imagem física de Maria Bethânia para sua criação e uma instalação audiovisual oferecida pela Natura inspirada na sua relação com a natureza e no universo de perfumes.

 

 

 

 

O público também poderá ouvir, em fones de ouvido, canções criadas para a intérprete por jovens compositores como Pedro Sá, Moreno Veloso, Leo Tomassini, Rubinho Jacobina, grupo Tira Poeira e Ivor Lancellotti, além de uma preciosidade em áudio: uma entrevista inédita de Fauzi Arap.

 

 

Além dessas obras em suportes variados, Bia Lessa criou uma instalação, a partir de 100 casas de madeira de 40 x 40 construídas por Getúlio (artista popular carioca) que estarão em dialogo com um céu coberto por 22.000 sacos de água envelopados pelas receitas de Dona Canô – num espaço destinado a Santo Amaro da Purificação, onde sagrado e profano caminham juntos. 

 

 

A programação da mostra inclui, também, saraus aos sábados e domingos, às 16 h, com lotação de 80 pessoas (senhas no local a partir da 13hs) com os músicos Egberto Gismonti, Moreno Veloso, Pedro Sá, Jorge Mautner, Rubinho Jacobina, Tira Poeira, Ivor Lancelloti, Jaime Além, Andre Mehmari e Banda Afro Cultural Ojuobáaxé. 

 

 

E contará, ainda, com uma mostra de filmes e vídeos e DVDs de Maria Bethânia, todos os dias das 13hs às 17hs (senhas no local), entre eles “Quando o Carnaval Chegar” (1972, Cacá Diegues), “Bethânia Bem de Perto” (1976, David Neves, Eduardo Escorel e Júlio Bressane), “Doces Bárbaros” (1976, Tom Azulay),  “Brasileirinho” (2004, André Horta) e “(O Vento lá Fora)” (2014, Márcio Debellian). 

 

 

FICHA TÉCNICA:

Direção geral e expografia: Bia Lessa

Produção Executiva: Ana Basbaum

Direção de Produção: Arlindo Hartz 

Arquiteta: Lúcia Vaz Pato

Trilha Sonora: Dany Roland

Iluminação: Bia Lessa e Antônio Mendel

Programação visual: Cubículo

Letristas: Rafael de Assis, Vinícius de Assis e Felipe Ikehara

Montagem: Paço Imperial

 

Realização: 2+2 Comunicação LTDA

 

SERVIÇO:

Exposição: “Maria de Todos Nós”, em homenagem aos 50 anos de carreira de Maria Bethânia

Local: Paço Imperial (Praça XV de Novembro, 48, Centro/RJ- Tel: (21) 2533-4359)

Período: 03 de julho, sexta, a 13 de setembro, domingo

De terça a domingo, das 12 às 18h

 

ENTRADA FRANCA

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