Divulgação
No próximo dia 16 de maio, acontece na Livraria da Vila dos Jardins o lançamento do livro com DVD de A estrada para Deus sabe onde (1988).
Documentário de vanguarda na obra do diretor irlandês Alan Gilsenan, permanece como um filme que traduz o espírito de uma década de transformação na Irlanda. Se a década de 1980 foi um período de regressão social, emigração, crise econômica e política, foi também o prenúncio de mudanças culturais sísmicas que conectaram dinamicamente o povo irlandês, na Irlanda e no exterior.
Estrada capta esse espírito de transformação, de ondas de choque em seu conjunto caótico de testemunho, imagem visual e som impressionantes. O filme é infundido com a idéia de que a Irlanda estava em pleno movimento, em uma viagem, literal e figurativamente.
Esta edição crítica bilingue, editada por Lance Pettitt e Beatriz Kopschitz Bastos, combina o texto do roteiro de Gilsenan e seu próprio ensaio reflexivo sobre o filme. O DVD legendado inclui ensaios críticos por Harvey O'Brien e Ruth Barton, traduções de José Roberto O'Shea, Maria Rita Viana, Richard Costa e Flavia Miranda O'Shea,.
O volume, publicado pela Editora da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com a Cia Ludens, é o terceiro da série intitulada A Irlanda no Cinema – Roteiros e Contextos Críticos. Os dois primeiros títulos foram: The Uncle Jack / O Tio Jack (2011), de John T. Davis, e The Woman Who Married Clark Gable / A mulher que se casou com Clark Gable (2103), de Thaddeus O'Sullivan, ambos também editados por Lance Pettitt e Beatriz Kopschitz.
O objetivo da série A Irlanda no Cinema – Roteiros e Contextos Críticos é publicar os roteiros de um número seleto de filmes, de reconhecida excelência, do cinema irlandês, a fim de possibilitar uma melhor apreciação de seu valor como obras de arte em termos de sua sobrevida cultural e cinematográfica. A possibilidade de ler um roteiro antes, ou logo após, uma projeção acrescenta uma nova dimensão à experiência cinematográfica. Por se tratar de uma mídia visual, o filme ganha vida na tela diante dos espectadores. Contudo, é raramente projetado na ausência de som, de música ou da voz humana. Roteiros na forma impressa ajudam a centrar a atenção nas sutilezas dos diálogos, na narração em voice-over e na escolha habilidosa de palavras no processo de composição.
A série apresenta textos em língua inglesa paralelamente a sua tradução em português, no intuito de ampliar o número de potenciais espectadores e leitores de filmes. Ainda que os filmes desta série não sejam os filmes mais conhecidos do cinema irlandês, amplamente disponíveis ou bem-sucedidos comercialmente ao redor do mundo, eles garantem – do ponto de vista dos editores – essa maior exposição, em termos de seu próprio direito como artefatos individuais e criativos, bem como acrescentam à riqueza e à variedade daquilo que constitui a cultura irlandesa da imagem em movimento no século XXI.
Alan Gilsenan é um premiado cineasta, escritor e diretor de teatro. Nasceu no condado de Meath, na Irlanda, graduou-se com distinção e louvor em Inglês e Sociologia em Trinity College, Dublin, e estabeleceu-se como um dos cineastas iconoclastas da Irlanda com A estrada para Deus sabe onde (1988). Em sua própria produtora, Yellow Asylum Films, dirigiu mais de trinta filmes e documentários para o cinema e a televisão, incluindo: All Souls' Day (1997), The Green Fields of France (1998), Zulu 9 (2002), The Ghost of Roger Casement (2002), Timbuktu (2004), The Yellow Bittern: The Life & Times of Liam Clancy (2009), Ó Pheann An Phiarsaigh (2010), Eliza Lynch: Queen of Paraguay (2013), A Vision: A Life of W. B. Yeats (2014) e Unless (previsto para 2016). Vencedor de prêmios como Jacob's, IFTA e European Film Awards, também serviu como Presidente do Conselho do Irish Film Institute, e membro do Irish Film Board e do Conselho da RTÉ.
Lance Pettitt é Professor de Cinema e Televisão e Diretor do Centro de Estudos Irlandeses em St Mary's University, Londres, e Professor Visitante de Literaturas em Língua Inglesa e Estudos Culturais na Universidade de Viena. Autor de Screening Ireland (Manchester UP, 2000) e December Bride (Cork UP, 2001), é coeditor da série A Irlanda no cinema: O Tio Jack (Humanitas, 2011), A Mulher Que Se Casou com Clark Gable (Humanitas, 2013), A estrada para Deus sabe onde (EdUFSC, 2015) e Maeve (previsto para 2017). Foi curador do DVD Thaddeus O'Sullivan: Early Films, 1974-1985 (IFI, 2014) e coeditor de uma edição crítica das memórias de Brian Desmond Hurst: Travelling the Road (prevista para 2017).
Beatriz Kopschitz Bastos compõe o corpo de membros do Programa de Pós-graduação em Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina. É também dramaturgista e produtora da Cia Ludens, companhia especializada em teatro e cinema irlandês, com base em São Paulo. Coeditora do volume Contemporary Irish Theatre do periódico Ilha do Desterro (UFSC, 2010) e da série A Irlanda no cinema – O Tio Jack (Humanitas, 2011), A Mulher Que Se Casou com Clark Gable (Humanitas, 2013), A estrada para Deus sabe onde (EdUFSC, 2015) e Maeve (previsto para 2017), é também editora da coleção de quatro peças de Brian Friel em tradução para o português por Domingos Nunez: Coleção Brian Friel (Hedra, 2013). Foi diretora da Associação Brasileira de Estudos Irlandeses e compõe a diretoria executiva da International Association for the Study of Irish Literatures.
Divulgação
Serviço
Local: Livraria da Vila, Alameda Lorena 1731 – Jardins
Data: 16/05 (Segunda às 18h30)
18:30 às 19:30
Exibição de trecho do filme e leitura de trecho do prefácio do diretor Alan Gilsenan, "Two-Reel Road Flick: Remembering the 1980s", pelo próprio diretor, e da tradução em português, "Filme de dois rolos na estrada: relembrando os anos 1980", pelo tradutor José Roberto O'Shea. Conversa com Alan Gilsenan, Lance Pettitt e Beatriz Kopschitz Bastos.
19:30 às 21:30
Autógrafos, coquetel e música.
Informações: 3062 1023