Foto: Eliano Lettieri
O espetáculo é uma adaptação do livro homônimo do autor Charlie Rayné, onde o diretor escolheu algumas crônicas para conceber o espetáculo, entre ela estão “Julieta e Julieta”, “Os Ponteiros”, “A Dança Pendente” e “Reflexões do Amor Inquieto, todas retratam o universo feminino, onde vivenciam o amor em condições distintas. Toda a encenação é costurada pela música de Edith Piaf, pois em suas canções se destacava por mostrar com muita paixão temas de amor, perdas e sofrimentos, entre elas estão No je ne regrette rien, Milord e La vie em rose, todas sendo executadas pela voz da própria Piaf.
“É sempre bom falar do amor, o amor de todas as formas. Vivemos num mundo imediatista, onde o amor quase não existe. Por isso, resolvi falar do amor”, diz Julio Luz, produtor e diretor.
O espetáculo é composto por 15 crônicas, nos traz uma visão ampla e contemporânea das relações amorosas desajustadas e a importância do encontro com as nossas sombras para chegarmos ao encontro com nossa verdadeira essência, numa visão sensível e pontual. Cinco mulheres narram suas revoluções por meio da confecção de uma colcha de retalhos. Elas rompem barreiras, viram o jogo e decidem escolher entre a vida pacata ou a vida canhota. É aí que surge a mulher contemporânea, que embora ainda esteja presa a muitos valores, luta por seus instintos femininos. São fragmentos de discursos de amor.
O texto passa a se construir por imagem. A imagem do visível. Aquilo que pulsa no texto. A palavra transformada em visão, visão como imagem do pensamento. A palavra torna-se mais um elemento sobre a possibilidade teatral.
O jogo cênico se organiza de forma exagerada das atuações, chegando a se confundir a teatralidade com a performance. São fragmentos de discurso de amor.
A encenação segue a mesma pontuação absurda das frases que não buscam um sentido, mas adquirem seu sentido em conjunto, pelos seus desdobramentos sem nenhuma regra aparente.
Foto: Eliano Lettieri
Charlie Rayné - Autor - Charlie Rayné, natural de Pelotas, é formado em Jornalismo e Publicidade pela Universidade Católica de Pelotas e especialista Linguagens Verbais e Visuais pelo IFSul Pelotas. Desde cedo despertou para o teatro e as artes literárias. Suas peças teatrais “A Trama”, “Izabel seus buquês e seus vestidos”, “Tango de la Reina” e "Memorial de Amor Inquieto" foram encenadas no concurso de novos dramaturgos .Cabe destacar que “Izabel” recebeu prêmio de melhor texto no Concurso de Dramaturgia Luso Portuguesa, promovido pela Escola da Noite, em Coimbra, Portugal.
Júlio Luz – Diretor - Formado em licenciatura em Teatro pela Universidade Estácio de Sá e pós graduado em Metodologia do Ensino das Artes, pela Uninter. No teatro dirigiu os seguintes espetáculos: “O Médico a força para um doente imaginário”; "Lisistrata", “Bendito Maldito – Um Olhar para os Excluídos”, “A Bruxinha que era Boa”, “Quem casa quer casa”, “Shakespeareando”, “Psicóloga Urbana em Promoção”, “Essas Mulheres”, “In the bathroom”, “Banheiro Feminino”, “Cinderela – O musical”, “Todo Amor que houver nessa vida”, “O Seguro”. Em produção: “O Livro dos Monstros Guardados”, “Congresso Nacional de Sexologia”, “Surto”, “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Se meu Ponto G Falasse”.
Ficha Técnica
Texto: Charlie Rayné
Adaptação & Direção: Júlio Luz
Assistente de Direção e fotos: André Caldas
Elenco: Beth Monteiro, Danielle Holanda, Francyne Araújo & Thatiana Losch
Cenografia: Júlio Luz
Figurino: Kelly Régis
Visagismo: Clara Sampi
Iluminação: Marcelo Amaral
Produção e Administração: Sergio Dias
Programação Visual: Henrique Rocha
Assessoria de Imprensa: Maria Fernanda Gurgel
Foto: Eliano Lettieri
Serviço:
Casa da Espanha
Rua Maria Eugênia, 300 - Humaitá
Informações: (21) 98127-9366
Sábados, às 20h30 e Domingo, às 19h30
Duração: 70 minutos
Capacidade: 100 lugares
Classificação etária: 10 anos
Temporada: 25 de março a 09 de abril de 2017.
Ingresso: R$ 40,00