Fotos: Divulgação
A peça O Marinheiro está em cartaz desde o dia 08 de Abril, e vai até primeiro de maio, no Teatro Glauce Rocha e haverá dois debates sobre a peça este mês de Abril. Duas sextas feiras. A primeira será esta semana, dia 22, com José da Costa Filho, professor da UNIRIO. A segunda será com o músico Antônio Jardim, dia 29. As palestas serão sempre após o espetáculo que se inicia às 19 horas.
A peça:
O grupo Mirateatro apresenta o espetáculo teatral O marinheiro, no Teatro Glauce Rocha, no periodo de 08 de abril a 01 de maio de 2016. A peça, dirigida por Nanci de Freitas, é uma encenação do poema dramático de Fernando Pessoa, escrito em 1913, no âmbito do movimento simbolista, e publicado em 1915, tendo completado seu centenário.
Numa torre - um espaço fora do tempo histórico - três mulheres atravessam uma madrugada espectral, velando uma morta, envolvidas numa atmosfera de sonho e imaginação. Enquanto esperam o amanhecer, as três veladoras narram histórias de um tempo perdido, imerso na inocência, na beleza e na vivacidade da natureza. Sentindo-se esvanecerem entre imagens da memória e da ficção, elas caminham para um pesadelo, um suspense metafísico que gera o apelo angustiado: “quem poderia gritar para despertarmos?”.
O Marinheiro é uma obra raramente encenada. A atmosfera ritual que por um lado lembra as tragédias antigas, por outro se aproxima de paisagens cênicas contemporâneas e de certa imobilidade, que nos faz pensar no teatro de Beckett. A encenação partiu da relação com o simbolismo, no entanto, procurou estabelecer uma perspectiva própria, com questões e meios da cena contemporânea. A torre onde as veladoras estão encerradas é traduzida cenicamente por uma instalação de artes visuais, um dispositivo de tule branco que circunda as atrizes, confinando-as numa espécie de bolha que as separa do mundo real. Neste espaço onírico, a memória ganha forma nas palavras, nos sons e nas projeções de vídeo, com imagens das atrizes vestidas de branco, em espaços livres e luminosos, contraponto às personagens de preto e gestual contido do presente. A criação cênica sugere a cumplicidade do espectador ao acontecimento, no entanto, o ritmo, o estranhamento e a densidade mental provocam um turbilhão de indagações e de perplexidades sobre o sentido da vida e da morte.
Ficha Técnica
Texto: Fernando Pessoa
Direção: Nanci de Freitas
Elenco: Gleice Uchoa, Lícia Gomes, Natasha Saldanha
Equipe de criação:
Iluminação e operação de luz: César Germano
Cenografia e coordenação de montagem: Carol Moreira
Vídeos: Pedro Henrique Borges e Sara Paulo
Operação de som e vídeos: Pedro Henrique Borges
Composição da trilha sonora: Antônio Jardim
Músicas: Antônio Jardim. Dois Epitáfios e Sonata para piano. CD: Cantos de memória. Rio de Janeiro: Tons e Sons, 1998.
Figurinos: Graciana Almeida
Programação visual: Departamento Cultural da UERJ
Fotografia: Ana Clara Souza, Maria Lúcia Galvão, Mário Tadeu, Elizeth Pinheiro.
Foto do cartaz: Maria Lúcia Galvão
Produção:
Direção de produção: Ayala Rossana Almeida de Lima
Realização: Mirateatro! Espaço de Estudos e Criação Cênica
Site Oficial: www.mirateatro.wordpress.com
ServiçoO Marinheiro - Debates com José da Costa Filho e Antônio Jardim
Datas:
- José da Costa Filho, 22 de Abril
- Antônio Jardim, 29 de Abril
Horários sempre após a peça que se inicia às 19 horas.
Valores do Ingresso: R$ 30,00 (Inteira) e R$ 15,00 (Meia)
Local: Teatro Glauce Rocha
Endereço: Av. Rio Branco, 179, Centro - Rio de Janeiro - RJ
Página Oficial: O Marinheiro
A peça é de Quinta a Domingo. Domingo a peça se inicia às 18h