Eliana Pittman celebra aniversário entre amigos

Eliana Pittman celebra aniversário entre amigos

A estrela teve grande movimentação digna de grande estrela em sua festa.

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Fotos: Colaboração dos amigos de Eliana Pittman

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A atriz e cantora internacional ELIANA PITTMAN comemorou seu aniversário nessa terça-feira (14) como gosta, com muita agitação, presentes, bolo, champanha e a presença de músicos e amigos queridos próximos. Sua manhã já começou agitada quando recebeu uma corbeille de flores enviada por seu amigo Alvaro da Camélia e um arranjo de flores do campo enviado pelas crianças e funcionários do Departamento de Relações Fraternais da LBV (Legião da Boa Vontade).

 

 

Durante o dia inteiro, os seus telefones (residencial e celular) não paravam de tocar um só instante, com ligações de vários pontos do Brasil, dos Estados Unidos e da Europa, todos com carinhosas felicitações para a estrela.

 

 

ELIANA também dedicou uma boa parte da sua tarde para receber, cantar e conversar com o repórter e apresentador FÁBIO JUDICE que, com cinegrafistas e técnicos, produziam uma longa que será exibido nos noticiários da TV Globo na sexta feira e no sábado, quando ela apresentará seu show de aniversário, SEMPRE PRESENTE, na Sala Baden Powell, em Copacabana, à partir das 20h.


CARREIRA VITORIOSA

Aos 73 anos, em plena atividade. Eliana Pittman é um show completo e envolvente. Canta, dança e se comunica perfeitamente com o público. Além disso, para quem acaba de completar 43 anos de carreira, está em ótima forma, esbanjando charme, beleza e vitalidade.

Ela diz que na infância, nunca pensou que iria um dia se tornar uma show-woman completa - uma cantora, atriz e bailarina de sucesso internacional, comparada a Josephine Baker, Lena Horn e a Carmen Miranda.

 

 

Tudo começou quando por um acaso feliz do destino, sua mãe Ophélia conheceu e se casou com um dos grandes saxofonistas americanos - Booker Pittman. Ouvindo discos de Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan e embalada pela sonoridade do sax de Pittman, Eliana foi descobrindo sua vocação musical. Até que a grande chance surgiu aos quinze anos, ao se apresentar ao lado de Booker num programa da TV RIO.

No princípio, ela era uma intérprete de uma única canção criada por Booker - "Mama don't want no music play here". Daí vieram os programas de rádio como os de César de Alencar na Rádio Nacional, shows em casas noturnas e uma temporada em dezembro de 1961 na Argentina com apresentações no célebre Teatro Maipo em Buenos Aires e na cidade de Mar del Plata, com o mesmo sucesso. Mas a sorte continuou a acompanhar o talento da cantora adolescente que, rapidamente, foi reconhecida na terra de Booker.

 

 

Acompanhada por ele, teve o privilégio de conhecer de perto Louis Armstrong e Count Basie e de assistir a shows de suas musas - Sarah Vaughan e Ella Fitzgerald. Ainda nos Estados Unidos, fez apresentações coast to coast, cursos com mestres do show business como Fred Steal, aulas de dança com Sammy Davis Jr, apresentações na televisão com Jack Parr, um dos maiores apresentadores da NBC americana. Sua estrela brilhou mais ainda quando a bossa nova estava virando um fenômeno no Brasil e ela já tinha gravado, ao lado de Booker Pittman, um dos primeiros discos do gênero - New Sound Brazil Bossa Nova. Através de Jack Parr, foi contratada pela agência artística William Morris e pelo Playboy Club.

Reconhecida pela crítica e aplaudida pelo público norte-americano, depois de shows individuais em vinte e oito estados norte-americanos, retornou ao Brasil, transformando-se numa das maiores surpresas da MPB, além de um tipo de intérprete única, no país, da música americana.

 

 

Fez inúmeros shows na tevê, no rádio, em casas noturnas e nos mais conceituados palcos, como o Golden Room do Copacabana Palace. Em 1996, sua interpretação vibrante e sentimental do último samba de Haroldo Lobo e Niltinho - Tristeza, fez dela uma das cantoras mais apresentadas nos programas de rádio, shows e tevês, além da definitiva consagração popular. Outra canção que Eliana ajudou a se tornar uma das favoritas do público foi sua versão de Viola Enluarada, de Marcos e Paulo Sérgio Valle.

Quando seu pai adoeceu, a jovem Eliana decidiu parar de cantar. Booker não aceitou a decisão da filha e argumentou que ela deveria continuar, pois tinha talento.

 

 

Decidiu-se então que Eliana seria preparada para iniciar sua carreira solo. Foram três anos de estudos e ensaios, supervisionados pelo atento olhar de seu pai. Em 1969, Booker Pittman morre e Eliana começa a cantar sozinha. Não parou mais. Gravou um LP "É Preciso Cantar" e o incentivo de sua mãe Ophélia, que já era fundamental desde o início de sua carreira, impediu que Eliana trocasse os palcos pela profissão de diplomata.

Desenvolveu uma brilhante temporada na Europa, onde passou dois anos atuando em Paris, Alemanha, Suécia, Espanha, Itália, Portugal, além de bem sucessidas turnês pela Argentina, México, Venezuela e gloriosas passagens pelos Estados Unidos. Convveu e muitas vezes se apresentou em shows e programas de tevê que tinham a participação de astros como Sacha Distel, Marcelo Mastroianni, Claudia Cardinale, Sammy Davis Jr, Jerry Lewis, entre muitos outros.

De volta definitiva ao Brasil. aqui teve passagens artísticas memoráveis, tais como ser a contora escolhida para a homenagem à Rainha Elizabeth II, em sua visita ao país, ou o fato de ter sido a primeira cantora brasileira a lançar em disco um samba enredo - O Mundo Encantado de Monteiro Lobato, na Mangueira, ou, ainda, de ter programas exclusivos na televisão, como o Eliana Super Bacana na TV Excelsior. E mais: atuando como atriz de cinema na produção norte-americana - Capitães de Areia - e no filme espanhol - A Menor. Foi também protagonista de shows que marcaram época, como Eliana em Tom Maior, Positivamente Eliana e Eliana Cravo e Canela. Inaugurou o Hotel Nacional do Rio com o show Brazilian Follies e foi uma das primeiras cantoras brasileiras a explorar ritmos oriundos da tradição popular nortista como o carimbó, fazendo o país inteiro dançar muito antes da onda da lambada, do axé e do forró ter atingido os palcos e as pistas de danças das discotecas.

Hoje, vivendo numa confortável cobertura na zona sul do Rio de Janeiro, Eliana Pittman tem muita história para contar. É, sem dúvida, uma vencedora. Como ela mesma diz: "Ser mulher, artista, negra e brasileira, não é fácil! É muita coisa para uma só pessoa!" Mesmo assim, conseguiu construir uma sólida carreira, a nível internacional.

 

 

Outra figura importante em sua vida foi sua mãe, a não menos famosa Dona Ofélia. Ofélia era a empresária e melhor amiga da filha. Carismática, também atraía as atenções da mídia e dos fãs de Eliana, numa "dobradinha" que funcionou durante vários anos. Dona Ofélia morreu há 8 anos e Eliana sofreu mais um duro golpe. Ao contrário de sua reação quando seu pai morreu - dois anos e meio de auto-exílio na Europa - , ela decidiu ficar no Brasil e enfrentar a dor da perda de sua mãe. Sempre lembrada por toda a mídia brasileira e internacional, Eliana foi destaque há duas semanas na revista Joyce Pascowitch que lhe dedicou seis páginas com detalhes de sua carreira, muito bem narrada pelo brilhante jornalista e amigo Renato Fernandes. A capa traz outra significativa cantora do Black Power, Ludmilla.

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