Scala Gay encerra carnaval carioca 2018

Scala Gay encerra carnaval carioca 2018

Muito luxo, brilho e beleza fizeram parte da grande festa tradicional.

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Foto: Daniel Marques

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Os bailes gays são uma tradição do carnaval carioca e o Scala Gay, um dos mais importantes da noite brasileira, reúne até hoje centenas de gays, travestis e transexuais de todos os cantos do Brasil e do exterior. O baile surgiu nos anos 60, num momento de intensa repressão política e cultural no país. Naquele tempo, a festa era uma chance de valorizar e trazer mais visibilidade para os homossexuais reprimidos pela sociedade conservadora.

 

 

 

 

 

 

O baile sofreu algumas transformações ao longo dos anos, mas ele sempre foi o ponto de referência para a comunidade gay. A comunidade gay se uniu em peso no dia 13, numa agradável reunião de amigos e o baile teve alto índice de animação, sem violência e extremo bom gosto nas fantasias dos participantes da festa.

 

 

 

 

 

Por questões de direitos de propriedade, este baile já foi denominado Gala Gay, Gala G, GGG (Grande Gala Gay) e Scala Gay. A sua realização também já mudou de endereço algumas vezes, indo da extinta Boate Help para o Scala Leblon e, em sua transferência, instalou-se no endereço atual na casa de shows do Scala em plena Cinelândia, ao lado do Teatro municipal.

 

 

 

 

 

 

 

 

Um detalhe nunca foi mudado – O renomado baile Gay sempre aconteceu na terça-feira do carnaval, isto há 26 anos.

 

 

 

 

 

Funcionando em instalações diferenciadas, na Av.Treze de Maio, 23, e ocupando um imenso sub solo onde já funcionou um bingo, o baile acontece numa área total de 3 mil metros quadrados, dividida em três ambientes que acomodam mais de duas mil pessoas. Continua sendo um baile grandioso, alegre e cheio de brilho, próprio da natureza dos gays e sem o preconceito e a homofobia dos dias atuais.

 

 

 

 

 

 

No baile de terça-feira de carnaval, que só acabou quase ao amanhecer da quarta-feira de cinzas, podiam ser vistos turistas de vários cantos do mundo, como chineses, alemães, noruegueses, americanos, africanos e argentinos. Os foliões compareceram, em sua maioria, ricamente fantasiados, com cabeças adornadas com brilhos e plumas, embora muitos tenham optado por vestir micros biquinis, alguns com o "derrière" à mostra.

Entre as originais fantasias que podiam ser observadas no baile destacavam-se grupos de árabes, um gordinho fantasiado de papa e ainda muita gente que preferiu a fantasia de polícia, como foi o caso da cantora MARISA ALFAYA, vestida como uma policial sexy na cor rosa. Outro destaque foi o do cabeleireiro Pablo Andrés, que vestiu um traje homenageando a pintora e escritora Frida Kahlo, enquanto seu companheiro, João, decidiu produzir um traje lembrando a falecida cantora e compositora Amy Winehouse.

Entre as notáveis artistas do mundo gay, que compareceram ao baile, destacavam-se, com belas fantasias,  Meime dos Brilhos, Divina Aloma, Darby Daniel, Rudy Pinho, Suzy Brasil, Tg Bengston, Ava Simões, Layla Riker, Babalu Vendramini, Kauanne, Ferrula Muniz, Samantha Allucard, Sissy Diamond e muitos outros.

Recém chegada do Piauí, Safira Benguel, que em Teresina recebeu o título de comendadora e é importante ativista em seu estado em prol da causa LGBT, era uma das mais animadas presenças do baile, procurando registrar com sua câmera as fotos de todos os amigos que estava reencontrando em mais um carnaval.

Também compareceram atores, empresários e frequentadores da noite carioca como as cantoras Gottsha, Vitoria Virtus e Marysa Alfaia, o cantor Marcio Gomes, Irce Britto, Fernando Resky, fazendo entrevistas para o Programa Gente Carioca, o ator Carlos Vonpinaz Barreto, os dirigentes da Turma OK, a percursionista Val de Souza e todos os estilistas que criaram os vestidos e adereços do baile do Copacabana Palace.

No meio do baile, foram coroados pelo coordenador da festa, Orlando Almeida, o rei do Scala Gay, Nabir Samir Habib e a nova rainha do baile, Yonne Karr. Danusa Meio Mundo, toda envolvida em plumas negras e num vestido de estrasses, também recebeu sua faixa de musa no palco, sob os aplausos dos foliões que lotavam o salão principal do baile.

Um dos pontos altos da noite foi o camarote exclusivo comandado por convidados do diretor geral do baile, Francisco Recarey, onde os participantes foram brindados com caipirinha, cerveja e outros drinques.

Entre as atrações do baile, destacou-se a Orquestra Scala, que animou a galera com marchinhas, samba, música baiana, entre outros ritmos carnavalescos. Para esquentar a pista, nos pequenos intervalos de descanso dos músicos, o baile era animado por DJ's.

Acontecendo na última noite de Carnaval, o Scala Gay é considerado a grande final dos bailes de Carnaval. O Rio é uma sociedade muito tolerante e os cariocas são conhecidos pela aceitação de pessoas e culturas diversas, assim o Scala Gay é um evento muito popular entre os homossexuais e mesmo entre os heterossexuais. Casais costumam levar os filhos e outros parentes para apreciar a festa e se divertir num baile onde a alegria acontece sem qualquer incidente!


Veja mais aqui: http://www.lclou.com.br/2018/02/ainda-o-sucesso-glamouroso-do-scala-gay.html

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