Nancy bate um bom papo com a escritora Esther Delamare

Nancy bate um bom papo com a escritora Esther Delamare

Esther é autora da peça "Não me Deixe Só".

jdelamare

Divulgação

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Foi com muita honra que pude bater um papo com essa pessoa incrível, a querida escritora Esther Delamare que escreveu o texto da peça "Não me Deixe Só". Divido com vocês a beleza que mora no interior desse ser humano Iluminado. Esther, aceite meu carinho, meu respeito e toda a admiração que eu tenho por você.       

Nancy Cobo: Quem é Esther Delamare?
Esther Delamare: Meu nome, para uns, é Esther Delamare, para outros, pouco importa. Sou carioca da gema, casada, mãe de um filho e um neto. Trabalhar com a Arte sempre foi meu maior ideal. Sou médica e um pouco atriz... até nos palcos da vida. Tive pais maravilhosos que me educaram com severidade e carinho. Cresci aprendendo a valorizar sentimentos e a respeitar cada coisa e pessoa que tenho e a correr atrás dos meus objetivos. Aprendi que nada na vida vem tão facilmente e que o trabalho, a boa educação e o respeito ao próximo nos tornam, cada dia, mais honestos conosco e com os outros. Sempre senti necessidade de me superar todos os dias: quando menina, existia em mim uma solidão que eu não sabia explicar e foi então que comecei a escrever. Ganhei de meus pais duas enciclopédias: O Tesouro da Juventude e Delta La Rousse e sabia as duas quase de cor e salteado. Durante minha formação profissional como professora, fonoaudióloga e médica, precisei sacrificar um pouco do lazer e da vaidade para sustentar tantos cursos, embora meu saudoso pai tenha sido meu provedor e o grande maestro de meus sentimentos e ensinamentos junto com minha amada mãe. Todo esforço foi válido. Hoje, já aposentada, sigo buscando ser uma profissional melhor dentro da Arte Dramática e continuo me capacitando. Não sou uma pessoa perfeita, mas estou todo o tempo buscando melhorar. Afinal, sabemos que o amadurecimento vem com o tempo e com as experiências e eu sempre busco aprender com as minhas. Gosto de gente talentosa porque me entende mais facilmente. Sempre valorizei muito a minha família e, ainda mais, os momentos que passei com ela. Ela foi e continua sendo o que há de mais importante na minha formação, na minha educação. Eu sei o quanto é importante lutar pelo que queremos e sonhamos, faço isso todos os dias. Sou uma pessoa determinada, focada, forte e persistente, lutando sempre por melhores oportunidades. Viram? Não sou tão complicada assim.

NC: Quando e  por que  você começou a escrever?
ED: Comecei a me motivar para a escrita, durante o meu curso de ginásio. Fui incentivada, pelo fato de ser sempre das melhores em português e o que, para mim, significava que eu tinha jeito para escritora. Quando estava na terceira série do curso ginasial, o jornal O GLOBO lançou um concurso cujo tema era “O Livro” e eu fui agraciada com uma medalha e um troféu e o sorriso de orgulho e felicidade do meu pai que guardo com cuidado, até hoje. Então, recebi o prêmio como a melhor redação da turma e de toda a Escola. Eu comecei a ler aos cinco anos de idade. Naquele tempo as crianças brincavam de casinha, de boneca e subiam em árvores primeiro, depois eram alfabetizadas. Fui morar em Minas Gerais e foi no Colégio dos Santos Anjos, aos cinco anos, que pisei num palco pela primeira vez; depois de decorar, declamei a minha primeira poesia – O Projeto de Vingança. O contato com livros desde pequeno, influencia muito na forma como o jovem vai encarar a leitura anos depois! Escrevi muitas poesias, cadernos e mais cadernos...Tive a fase dos contos, do HaiKai, etc. Escrevia para mim e para os outros, mas tive uma fase em que “esses outros” nunca souberam. Tenho alguns escritos guardados em cadernos amarelados e muitos na minha memória não menos amarelada, mas que Deus protege a cada dia. Que venham mais textos. Que venham também as críticas e comentários!

NC: Como escritora e mulher defina para a gente o que é o amor.
ED: Alguém jamais conseguira definir o amor porque quando ele chega, entorpece a mente de uma maneira tal que confunde as ideias e não pode ser definido através das palavras. O amor só pode ser sentido; o amor é um sentimento onde a palavra mais pura, mais bonita, mais significativa, é incapaz de traduzir a sua essência e complexidade.

NC: O que não deveria existir na vida de ninguém?
ED: Ausência de significado. Ausência de significado torna a vida, inevitavelmente, insalubre, e é consequente ao medo de enfrentar as adversidades. Na vida é preciso estar disposto a lidar com emoções como a raiva, o ciúme, sentimentos de culpa, vergonha, frustração, tristeza, angústias do passado e até mesmo o ódio. Se você não conseguir sozinho, procure um profissional ou lance mão de sua Caixinha de Ferramentas PSiquê” (PS – Pronto Socorro) e pondere arriscar uma vida significativa.

NC: Na sua visão, qual o pior sentimento que existe?
ED: Estar com alguém e se sentir só e não conseguir achar a ponta do fio que, ao partir-se, desfez a conexão que, certamente, um dia, existiu.

NC: O que quer dizer com “Não me deixe só”?
ED: Não feche as portas pra mim. Não me isole do seu mundo, nem se omita do meu. É uma súplica ao eu interior ou uma desobediência que resulta numa forma estranha de amar: A Sindrome do Amar Demais. Um passeio sem limites pelo sentir que necessita, para evitar que as relações se tornem destrutivas, ser pautado num diálogo interno a procura de uma honestidade emocional.

jdelamare2NC: Escrever para você significa o quê?
ED: Como qualquer nova habilidade, podemos demorar um pouco para aprender a viver a escrita de coração aberto. E isso não se resume, somente, à literatura; estou querendo dizer que devemos praticar a autenticidade em todas as situações, com todas as pessoas e a todo o momento. Refiro-me, principalmente, a tudo que me é muito significativo e, até mesmo, que não o seja. A tendência é que numa primeira fase em que se começa a colocar em prática o hábito de ser autêntico, de deixar a alma falar, pode-se, por vezes, esbarrar com algumas dificuldades e receios, mas devemos considerar isso como fazendo parte do processo. Pode ser que nas primeiras tentativas de expressar-se, venha a sentir-se desajeitado e atrapalhado. Mas, certamente, valerá o esforço despendido. As mais-valias, que emergem da satisfação de conexão e realização do ato de escrever, provavelmente não podem ser quantificadas de forma exata. O risco que corre ao embarcar nesta aventura pode vir a ser um preço pequeno a pagar comparativamente ao retorno que pode conquistar. Mas cuidado, porque quando você começar a fazer esse caminho, provavelmente não terá vontade de parar. Muito dificilmente quererá ou conseguirá voltar à vida superficial novamente. Não porque você não deva, mas porque os benefícios e alegrias de ser escritor, de tornar real o que acontece no espaço que há entre a sua alma e o digitar, mesmo em dias ruins, ultrapassam largamente os preços que a autenticidade requer e nada há a que se comparar.

NC: O que é necessário existir na vida para se conquistar a felicidade plena?
ED: Honestidade emocional! Autenticidade de sentimentos, autenticidade esta, resultante de nossa inteligência emocional, ou seja, nosso autocontrole, empatia, automotivação, autoconsciência, habilidades na relação com os outros, combinada com a capacidade de identificar com precisão os nossos sentimentos. Quando conseguimos ser emocionalmente honestos conosco, ficamos mais propensos a conseguir melhores escolhas na vida e, certamente, aumentamos a probabilidade de sermos um espelho ou exemplo para outras pessoas.

NC: O que falta para o Brasil realmente ser como diz a bandeira Ordem e Progresso?
ED: A expressão Ordem e Progresso é o lema político do Positivismo e uma forma abreviada do mesmo: "O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”. Deste modo, com a fórmula científica do fundador da Religião da Humanidade, Augusto Comte, Progresso é o desenvolvimento da Ordem, e Ordem é consolidação do Progresso, seriam definidas, para todos os tempos, as condições necessárias a uma harmonia política e moral da sociedade. O positivismo possui ideais republicanos, como a busca de condições sociais básicas, através do respeito aos seres humanos, salários dignos etc., e também o melhoramento do país em termos materiais, intelectuais e, principalmente, morais, ou seja, falta, ensinar e sedimentar lições de Ética ao Brasil. Urge, no Brasil, a restauração, imediata, das cores oficiais da bandeira brasileira como o verde, amarelo, azul e branco que desbotaram e ameaçam desaparecer num curto espaço de tempo e que, originalmente, simbolizavam as cores das casas reais da família de D. Pedro I. e que, ao longo dos anos, os brasileiros associaram outros significados para cada uma delas: "branco", significa o desejo pela paz, "azul", simboliza o céu e os rios brasileiros, "amarelo", simboliza as riquezas do país e "verde", simboliza as matas (a rica floresta brasileira). Onde foram parar nossos rios, nossas riquezas, nossas matas e, até, nossa paz? Levaram tudo de nós!

Esther, muito obrigada pelo gostoso bate-papo, onde aprendemos um pouco mais. Esta sessão, que faço com carinho para meus leitores, é justamente para isso: Conhecimento. Então, não percam, "Não me Deixe Só" - peça escrita pela Esther Delamare - estreará no semana que vem, no dia 04! Vejam o vídeo abaixo do meu canal e beijos no coração de cada um de vocês!!!


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