As telas são as novas chupetas dos bebês e das crianças? "O uso de telas como distração pode comprometer o desenvolvimento emocional e neurológico na primeira infância", alerta Especialista Cenas de crianças pequenas entretidas por celulares e tablets se tornaram cada vez mais comuns, seja em restaurantes, salas de espera ou até no berço. A praticidade da tecnologia, muitas vezes usada como forma de acalmar ou distrair os bebês e as crianças, tem levantado um importante alerta entre educadores e especialistas em desenvolvimento infantil: estariam as telas assumindo o papel de uma nova “chupeta digital”? Para Rogéria Sprone, especialista em Ensino e Educação, com mais de 30 anos de experiência na área e atual diretora pedagógica do Colégio Joseense, em São José dos Campos/SP, a metáfora e válida. “A tela pode acalmar momentaneamente, mas não ensina a criança a regular emoções, lidar com as frustrações ou construir relações. Quando usada como substituto do afeto ou do contato humano, podemos ter um comprometimento dos aspectos fundamentais do desenvolvimento neurológico e emocional”. A neurociência tem mostrado que os primeiros anos de vida são cruciais para o desenvolvimento das conexões neurais, especialmente nas áreas ligadas à linguagem, cognição e habilidades socioemocionais. Experiências concretas, como o contato visual, o toque, a fala e o brincar, ativam múltiplas áreas do cérebro e promovem o amadurecimento saudável das funções executivas, capacidades que envolvem atenção, memória de trabalho e autorregulação. “O uso excessivo de telas, principalmente antes dos 2 anos de idade, reduz significativamente o tempo dessas experiências essenciais. A criança que passa horas exposta a estímulos passivos e hiperestimulantes tem menos oportunidades de desenvolver empatia, pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas”, explica Rogéria, que também é especialista em psicopedagogia e neuroaprendizagem. Estudos da Academia Americana de Pediatria (AAP) e da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomendam evitar completamente o uso de telas para crianças menores de 2 anos, e limitar a exposição para as maiores, sempre com supervisão e intenção educativa. No entanto, segundo a educadora, a realidade ainda está longe dessa diretriz. “Vivemos uma naturalização da tela como solução fácil para o tédio, o choro e a agitação, quando, na verdade, isso deveria ser sinal de atenção e não de distração automática.” A pergunta não é apenas se as telas estão ocupando o lugar da chupeta, mas o que estamos deixando de oferecer em troca. Precisamos formar crianças emocionalmente fortes, e isso exige presença, escuta e tempo de qualidade. Ei, que tal ter uma conta global 100% digital e sem taxa de abertura? Conheça a Nomad! Viaje, compre e economize no exterior de forma fácil e segura.Abra agora a sua conta usando nosso código de convidado YRIQ9L6M4D e ganhe até US$ 20 de cashback na primeira conversão de reais para dólares pelo app. Baixe o app pelo link: ConviteNomad Veja nosso último vídeo!Clique abaixo! Escaneie o código para saber nossas novidades! Próximo