'A guerra não tem rosto de mulher' está em cartaz no Poeira, no Rio Vencedora do Nobel de Literatura, Svetlana Aleksiévitch tem obra adaptada para o teatro em 'A guerra não tem rosto de mulher'. Divulgação A narrativa oficial das guerras é masculina. Na imensa maioria dos casos, conhecemos a história através de depoimentos de homens, sejam eles soldados, comandantes, capitães, presidentes ou historiadores. Recém-premiada com o Nobel de Literatura, a escritora bielorrussa Svetlana Alexievich entrevistou centenas de mulheres que sobreviveram à Segunda Guerra e transformou os relatos no premiado livro 'A Guerra Não Tem Rosto de Mulher'. Pela primeira vez, a obra chegará aos palcos brasileiros, no espetáculo homônimo concebido e dirigido por Marcello Bosschar, com estreia marcada para dia 1 de julho no Teatro Poeira. Em cena, Carolyna Aguiar, Luisa Thiré e Priscila Rozembaum dão voz às heroínas de guerra, em relatos que dão conta de temas tão complexos quanto o conflito em que estão envolvidas. Bosschar conta que a autora precisou insistir muito para falar com as esposas dos "heróis" da guerra. 'Elas são heroínas, mas se acostumaram aos bastidores por terem, segundo os maridos, uma versão menos 'cinematográfica' dos fatos. Svetlana deixa que as lembranças dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente de morte. Muitas queriam falar sobre o amor, a menstruação, as lágrimas e a sensação horripilante de matar alguém pela primeira vez', diz o diretor. Apesar do valor histórico e documental em cena, a proposta da direção foi a de privilegiar o humano em cena. Todas as referências de tempo e lugar foram retiradas da adaptação, assinada por Bosschar em parceria com as três atrizes. O palco estará desnudo e as imagens serão todas compostas através da coreografia e do movimento das intérpretes. A ideia é que elas conduzam o público neste profundo mergulho pelos horrores da guerra, mas também os façam entrar em contato com os eventos cotidianos no front e nas batalhas. Do alistamento das jovens – que não faziam ideia do que iria acontecer com elas – ao anúncio do fim da guerra, vão passar pelo palco histórias de perdas, lutas e superações, mas também histórias de amor, amizade e afeto. 'Ao retirarmos referências geográficas e culturais, fazemos com que "a Guerra" possa ser qualquer guerra, inclusive as urbanas que estão tão próximas de todos nós. O que restou foram mães, irmãs, filhos e avós. Todos nós entendemos a linguagem da perda, da esperança e do amor. A peça é universal pois é humana, são mulheres que morreram e outras que sobreviveram nas guerras passadas e nas presentes', resume o diretor. 'A guerra não tem rosto de mulher'De Svetlana AleksiévitchConcepção e direção : Marcello BosscharDramaturgia coletiva: Carolyna Aguiar, Luisa Thiré, Marcello Bosschar e Priscila RozembaumElenco: Carolyna Aguiar, Luisa Thiré e Priscila RozembaumIluminação: Aurélio de SimoneFigurino: Kika LopesTrilha Sonora: Marcello BosscharPreparação Corporal: Carolyna AguiarPreparação vocal: Sonia DumontProgramação Gráfica: Carol MontenegroArte plástica: Vânia MignoneDivulgação: Factoria Comunicação Fotografia: Milton Montenegro Produção Executiva: Barbara Montes ClarosDireção de Produção: Celso Lemos Serviço: De 01 de julho a 27 de agostoQuinta a sábado, às 21h. Domingos, às 20h.Ingressos:R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).Teatro PoeiraR. São João Batista, 104 – Botafogo(21) 2537-8053Site vendas de ingressos: www.tudus.com.brFuncionamento da bilheteria: Terça a sábado 15h às 21h, domingo 15h às 19h. Ei, que tal ter uma conta global 100% digital e sem taxa de abertura? Conheça a Nomad! Viaje, compre e economize no exterior de forma fácil e segura.Abra agora a sua conta usando nosso código de convidado YRIQ9L6M4D e ganhe até US$ 20 de cashback na primeira conversão de reais para dólares pelo app. Baixe o app pelo link: ConviteNomad Veja nosso último vídeo!Clique abaixo! Escaneie o código para saber nossas novidades! Anterior Próximo