A atriz Jussara Calmon, há quase 35 anos na estrada, fala sobre a vida e a carreira A atriz abre a sessão de entrevistas do site. A atriz em diferentes fases "Eu estou super feliz com esta volta, estou trabalhando no meu Pais em uma novela para o público mais jovem."Jussara Calmon Após quase 34 anos, Jussara Calmon retorna à cena, em 1981 ela ficou famosa com seu primeiro filme no cinema e agora retorna à TV numa novela no SBT de Silvio Santos. A Capixaba (Nascida em Vitória/ES) mora há mais de dez anos na Noruega com o esposo Gudmund Fjørtoft, mas vem ao País para gravar sua novela, desfilar em sua escola do coração e rever a família, os amigos e vários fãs saudosos. Vamos saber mais um pouco agora desta aquariana, atriz, cantora, escritora, filantropa e que só pensa no próximo. Jussara Calmon é a atriz que inaugura a mais nova categoria do GSVIP: Entrevistas. Que esta categoria tenha tanto sucesso quanto o site a partir desta bela entrevista. A atriz comemorando a chegada do ano novo em sua casa em Alesund, na Noruega GSVIP: Jussara, sabemos que era muito nova quando enfrentou o público brasileiro através das telonas em seu primeiro filme. O primeiro filme erótico brasileiro, pioneiro, "Coisas Eróticas". Como foi para você essa experiência? Como foi enfrentar esse sucesso?JC: As coisas na minha vida aconteceram de uma forma natural. Nunca fui de posar de super Star, acho que é por isto que conquistei tantos fãs. Eu vejo como uma consequência da vida. GSVIP: O Teatro você clama que é uma grande paixão na sua vida, você foi uma das grandes musas do Teatro de Revista, de fato. O que significou esse momento para você?JC: O teatro foi uma consequência. Antes mesmo de fazer filmes, eu ja atuava em teatro infantil. Quando o Colé (Foi ator de Cinema, Teatro e TV) me convidou pra trabalhar com ele, muitos dos meus filmes estavam estourando na praça. Foi uma responsabilidade muito grande trabalhar ao lado de grandes comediantes. De escada deles, passei a ser vedete (aquela que vai interagir com a platéia) e me sai muito bem. Tanto que fui endicada pela ESBT como a melhor vedete da nova geracao. Eu também produzi alguns espetáculos como "Oh, que delícia de negras". GSVIP: Você teve uma infância muito conturbada (como narrada no livro "Jussara Calmon, Muito Prazer", de Fábio Fabrício Fabretti e Sônia Barbosa) e parte disso se deve a sua relação com seu pai. Você o perdôou? Qual lição você leva dessa sua fase de vida?JC: Na realidade, eu não concordava da maneira que ele tratava minha mãe e a nós. Minha relação com meu pai foi sempre muito distante e sem diálogos, agora que ele está mais velho e parou de beber, a gente até que conversa mais. Não guardo mágoas. Quem leu o livro vai perceber que sempre estou presente quando meu pai precisa. GSVIP: O que é a sensualidade em sua vida agora e na época em que era mais nova?JC: A sensualidade é uma coisa que você transmite que vem inocentemente sem você perceber. Você já nasce com este certo apelo. Ninguém está preparado para entender ou explicar. As pessoas percebem esse sex appeal em você e comigo tem sido sempre assim. Comparando, eu me acho muito mais sensual agora do que antes. GSVIP: Acredita em algum deus, qual? Qual lição ele dá em sua vida?JC: Acredito em algum deus? Tem que ter um ser maior que rege este planeta, eu tenho minha fé e crença sim. A lição você já nasce com ela, penso, como você vai encaminhar tudo isto. Na minha vida tudo aconteceu tão natural que não tem muita explicação, sabe? Sair da favela e conhecer o mundo. Já tomei os melhores vinhos, o melhor champagne, já me hospedei nos melhores hotéis e conheço o mundo, sou uma nômade. GSVIP: Sabemos que você incursionou pelo mundo da música nos anos 2000 com o grupo Pura Malícia e gravaram um CD rodando em shows pelo Brasil à fora. Como foi esse período musical? Sente vontade de voltar?JC: Foi mais uma etapa na minha vida. O grupo só não continuou porque a gente não conseguia nunca acertar com a terceira integrante. Eu gostaria sim de voltar, quero gravar um Funk para a terceira idade, um bem safadinho (risos). Lembro de um show no interior do Rio de Janeiro, casa lotada e a terceira integrante bebeu e caiu no palco. O dono da casa não queria pagar a gente e alegou que todas estavam bêbadas. Mas também é muito difícil este lado da música. O artista tem que ter jabá pora tocar sua música. Se você não entra no esquema, o CD não acontece, isto é complicado. GSVIP: Jussara, você se sentiu acuada por estar morando no exterior (desde seus últimos trabalhos nos anos 90 e, no início dos anos 2000, a tentativa de levar adiante com o grupo Pura Malícia) e agora estar retornando à ativa na novela Chiquititas após o lançamento de dois livros? A que fator você deve esse retorno? Aliás, houve um retorno?JC: Sim, me sentia acuada, porque nao podia dar continuidade a minha carreira. A Noruega é um país bom para se viver, mas para estrangeiro é difícil. Não conseguimos exercer nossa profissão. Aqui existe uma lei que se chama Jante (Lei descrita no blog do escritor Paulo Coelho), ela fala que primeiro eles, os nascidos aqui. Tudo acontece na hora certa, assim que lancei os livros, voltei para a mídia e as coisas foram acontecendo. Eu estou super feliz com esta volta, estou trabalhando no meu Pais em uma novela para o público mais jovem. É tudo o de bom e eu só tenho a agradecer. GSVIP: Como foi lançar uma obra biográfica, o "Muito Prazer, Jussara Calmon" (escrito por Fábio Fabricio Fabretti e Sônia Barbosa), como foi voltar ao passado e o trabalho com os autores?JC: Com os autores foi algo difícil pelo fato de eu morar fora, teve que ser tudo por Skype, e-mail e diversos telefonemas. Essa dupla foi um grande achado, mas a Sônia já conhecia há muito tempo e sabia muito sobre a minha vida. Ela tambem estava muito a fim de escrever por ser o primeiro livro dela. Voltar ao passado foi dolorido principalmente lembrando sobre a infância e adolescência. Tinha momentos que nem eu mesma queria acreditar que tinha passado por tudo aquilo, foi uma terapia, uma sessão com um psicólogo. Os autores do roteiro do filme estão tendo dificuldade pela história ser tão vasta. GSVIP: Você mesma tocou num ótimo assunto, o filme sobre sua vida. O que teria a adiantar para a gente?JC: O filme está em fase de roteirização. Está passando pelo terceiro tratamento, já estamos entrando nas leis de incentivo a partir de Março. Começaremos a filmar por Vitória, porque a história começa lá no Espirito Santo. GSVIP: O que é estar de volta à TV no grande sucesso de Reynaldo Boury, as Chiquititas?JC: É um grande prazer. Reynaldo Boury foi o primeiro a me dar uma oportunidade desde 1994 sem estar no ar, ele é um grande diretor e conhece como ninguém a arte da telenovela. Meu último trabalho na TV globo foi A Maldita (1994), uma microssérie. Foi uma participacao pequena, mas que deu o que falar. Lembro que no dia que passou, eu fui asistir o show do Elimar Santos. Quando cheguei na porta do Canecão, todo mundo me parava para dizer que tinha me visto na TV. GSVIP: Você, há vários anos, é um dos grandes destaques dos carros da Beija Flor na Avenida. Fala para a gente sobre esse amor por sua escola, esse amor pelo carnaval. JC: Eu amo carnaval, foi no carnaval em que fiquei conhecida mesmo. Foi na mesma época da Luma de Oliveira, da Monique Evans, Jordan, Márcia Porto, Titi e eu, todas musas naturais. Do carnaval, eu fui para as Revistas, para o Teatro e TV. Antes eu desfilava em duas ou três escolas, com o passar do tempo, escolhi a Beija flor como escola do coracão, entrei na agremiação através do falecido Viriato Ferreira. Jesus Henrique era o responsável pelas minhas fantasias e foi ele quem me apresentou à Hermínia Paiva. Hoje é ela quem faz meus figurinos, ela possui um atelier em São Paulo. GSVIP: Que bom, Jussara, qual você destacaria como o maior momento de sua carreira?JC: Eu tive vários momentos bons, um em especial foi quando eu fiz minha primeira peça adulta. Foi ao lado de Colé, Nick Nicola, Manuela, Henriqueta Brieba, Anquito e outros. Essa peça marcou a volta do Teatro de Revista. Depois, como eu já disse, produzi a "Oh, que delícia de Negras", de Cláudio Jorge e Nei Lopes. Neste espetáculo trabalhei com Grande Otelo, Sônia Santos e Adgoberto Arruda. A direção foi de Haroldo de Oliveira que já nos deixou. Outro momento foi minha entrada na TV Rede Globo onde recebi do Boni um buquê de flores e um cartão de boas vindas à casa. No cinema também tive vários momentos especiais. Me abriu várias portas e eu aprendi a fazer a sétima arte muito rápido. Aprendi a ter uma relação com a câmera. Já na TV eu ainda tenho um pouco de medo. GSVIP: Em 2013 vc lançou, ao lado do músico Caye Milfont, o livro A PRINCESA E O PEQUENO PESCADOR. Fale para a gente sobre este projeto, já era antigo? Como foi essa fase escritora e se pretende voltar?JC: Já conhecia o Cayê Milfont há muito tempo. Trabalhamos juntos em vários projetos voltados à criançada. Tive a idéia de fazer um texto para teatro infantil e passei a idéia para ele e ele desenvolveu. Eu queria montar a peça aqui na Noruega. Só que a peça não deu em nada. Resolvemos fazer com este texto um livro infantil. Assim nasceu a obra "A Princesa e o Pequeno Pescador. Foto: Fábio Moreno, Carnaval 2014, Beija Flor de Nilópolis GSVIP: Jussara, fale sobre seus projetos futuros! O Gente de Sucesso VIP te agradece, beijos. JC: Meus projetos futuros são correr atrás de patrocínio para o filme "Jussara Calmon, Muito Prazer", porque sei que vai ser uma batalha grande e lançar meu Segundo livro adulto "JC - a história que não foi contada". E quem sabe mais uma outra novela? Ei, que tal ter uma conta global 100% digital e sem taxa de abertura? Conheça a Nomad! 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